quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Gramsci e a Alienação: ontem, pela conscientização do proletariado contra o consenso burguês e hoje pela compreensão do conceito de educação, e cidadania



Trabalho que apresentaremos daqui a pouco, na aula do Mérida. Vale para a P2 - até lá, galera!


ANTÔNIO GRAMSCI: EDUCAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA E O COMBATE PELA HEGEMONIA CULTURAL 
A IMPORTÂNCIA DA LUTA PELA CONSCIÊNCIA DE CLASSE NO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE CAPITALISTA (inspirado em postulados de Antonio Gramsci)



             Segundo uma retomada das proporções ontológicas de Karl Marx, Gramsci considera o “ser” partindo da busca por satisfazer suas necessidades imediatas e humanas, encontrando no trabalho a única forma de humanizar-se, de sobreviver às intempéries da natureza e dominá-la. É o que o Homem, desde às remotas idades, têm feito, quando ainda não havia História, quando ainda era pouco mais que um hominídeo sobrevivendo, era após era, às intempéries que carregaram dinossauros, seres unicelulares e trechos gigantescos de continentes. “O Homem se distingue dos animais pelo ‘trabalho’, e é inadmissível a exploração de uma minoria sob o trabalho da maioria” (MARX & ENGELS).  A crueldade da percepção histórica é dar-se conta deste fato ao longo de milênios: modo de produção asiático, clássico-ocidental, feudal, burguês e, se desencavarmos um pouco mais além dos tempos, nas primeiras comunidades agrícolas, com o advento da divisão deste mesmo trabalho, já existiriam os embrionários estágios de exploração.
                 Martin Carnoy (1994) descobre em Gramsci uma superposição dos postulados de Marx, ao confirmar a necessidade da sociedade civil em estabelecer o ritmo da própria sociedade política, um intenso trabalho de conscientização desta parte da pirâmide social para definir o equilíbrio nas lutas e conquistas de classe; Um processo de conscientização que busque superar um similar processo de persuação da classe dominante a partir do fim do século XIX que, não obstante o poder coercitivo do Estado e o seu poder econômico direto, atuara como agente negociador das reivindicações trabalhistas, admitindo o direito de greve, de mobilização em sindicatos, partidos, publicações em jornais, votações, ou seja: num método “democrático” que fixava na índole do proletariado a noção do “consenso” entre as classes, amaciando e amortecendo o impacto direto e esclarecedor das idéias centrais do Socialismo supracitado.
        Se transladarmos a retórica de Gramsci para o momento presente da educação, o que encontraríamos? A necessidade em educar os trabalhadores e formar uma intelectualidade oriunda da classe trabalhadora (os “intelectuais orgânicos”)  para que reconheçam a importância de se assumir os dois lados da pirâmide social, a civil e a política, diminuindo o abismo entre os atores do palco dos meios de produção, é a mesma necessidade que se tem, nos tempos presentes, em se adicionar, de forma eficiente e equilibrada, os conceitos de cidadania, democracia e consciência política nos educandos de todas as esferas do Ensino, seja público ou privado. A alienação virou via de regra: para os alunos, independente do poder financeiro de suas famílias, interessados apenas em resultados e não no conhecimento – e sua praticidade no mundo concorrido em que vivemos; para os professores, que são diariamente massacrados pela deterioração de sua categoria por todos os lados; para as próprias famílias, necessitadas em sobreviver na selva que se tornou o mundo do consumo e satisfação imediata e vida com qualidade cada vez mais enganosa;  para o Estado, que definitivamente é o laboratório neoliberal das transformações humanas em todas as partes da Terra, agora sob uma só égide, a do lucro e poder a todo custo. Gramsci percebera, na análise marxista, uma superestrutura burguesa que visava confirmar o controle do poder social numa época em que as guerras e a constante instabilidade ideológica forneciam o pano-de-fundo para tanto. Hoje, percebemos nos seus tomos, que a única (e delgada) trama que pode resistir à lâmina devastadora do “consenso” burguês ainda é a Educação.

Jorge Luiz da Silva Alves
111650038   -   4º período
História   -   UCAM / Santa Cruz

Um comentário:

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