segunda-feira, 26 de março de 2012

Resumo bem resumido do Capítulo X - Paris no Tempo do Rei Sol







Apenas para seguir, com a apostila em mãos; uma compreensão por alto do que foram aqueles tempos.


Abraço!






LIQUIDIFICANDO E PENEIRANDO

                                       Por: Jorge Luiz da Silva Alves.


                        HISTÓRIA DO SÉCULO XVIII
                        PARIS NO TEMPO DO REI SOL



Com frequência, veremos a citação de um episódio que, embora não fosse relevado em aula, foi de extrema importância para o desenvolvimento do Absolutismo francês: Fronda. E não é para menos. A origem da força absolutista veio basicamente desta revolta de nobres, (1648) revoltados com o então primeiro-ministro francês, o cardeal italiano Giulio Mazzarino; sob o pretexto de ajeitar as finanças francesas após o fim da Guerra dos Trinta Anos, o cardeal – que já era odiado pela maioria dos franceses por ser estrangeiro em posição de poder, outorgado pela mãe de Luis XIV, a rainha Ana – impôs uma taxa aos membros do Parlamento (em sua maior parte composto pela nobreza e alto clero) que não só recusara-se a pagar como anulara todos os editos promulgados por Mazzarino. E começou a revolta chamada Fronda; não só nobres, mas mesmo príncipes de sangue real participaram desta verdadeira caçada à Mazzarino e à família real que deixou o governo e os membros deste governo sem quaisquer perspectivas de segurança. Desconfianças, atentados, reuniões infrutíferas entre os beligerantes e, após muito ir-e-vir, Mazzarino saíra-se vitorioso. E muito mais fortalecido.

Nesse tempo, Luís XIV subira ao trono. Mazzarino ainda cuidaria dos negócios de Estado até sua morte, em 1661, quando Nicolas Fouquet, ministro das finanças, era aguardado como novo primeiro-ministro. Porém, sérias denúncias de enriquecimento ilícito e má administração do erário régio levaram Fouquet não ao governo mas aos tribunais, por Jean-Baptiste Colbert, um dos pilares do Mercantilismo francês e europeu. A partir daí, Luis XIV decidira centralizar as decisões dos poderes do reino em sua pessoa, diminuindo progressivamente o poder das mais poderosas famílias da nobreza francesa, reduzindo homens que fizeram reis tremerem a meros cortesãos palacianos. Colocou membros da burguesia como funcionários do governo, para evitar novas Frondas. Colbert passou a ser seu superintendente de finanças, e o próprio rei decidiria tudo enquanto fosse vivo.

O Absolutismo entrava em seu estágio máximo.


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CAPÍTULO X - POLÍCIA, JUSTIÇA E DELINQUÊNCIA

(Página 235 a 237)

Fechando cada vez mais a esfera de mobilidade dos estamentos, Colbert, em nome do Rei Sol, suprimira os diversos tribunais que atediam diversas categorias sociais. Reunidos no Grand-Châtelet, eram dirigidos por um tenente-general de polícia, que, na verdade, deliberava muito mais sobre os desvalidos do que qualquer outra categoria que já tivesse seus meios judiciais próprios de apelação.

(Página 237 a 239)

Não foram poucas as vezes que esses intendentes de polícia amenizaram as ordens reais de punição para as camadas inferiores estamentais. Porém, o monarca mostrava-se indulgente com os de sua classe e com membros da Casa Militar, muitas vezes com provas reais de culpabilidade. A população parisiense vivia dias de minuciosa vigilância pelas autoridades policiais. Porém, via-se uma relativa segurança (decorrente de tanta monitoração) e razoável profilaxia urbana , principalmente após a Fronda;

(Páginas 240 a 242)

Sucessivas ondas de fome assolaram a França; a massa miserável de Paris, junto com soldados dispensados e uma incontável ralé vinda das províncias afluíam à “Capital do Rei Sol”, na esperança que as migalhas do faustio cortesão chegassem-lhes às mãos. O Procurador Real tomava medidas duras para conter os excessos provenientes da situação. Singular é a passagem de um caso em que um burguês endinheirado protestara em alta voz pelo encarecimento do trigo. Condenado ao chicote e ao desterro, o intendente de polícia teria abafado o caso com base na situação financeiro-social do condenado. Entretanto, muitos burgueses, soldados e várias pessoas de posição cuidavam de muitos desvalidos, impedindo que as autordades conduzissem-os ao famigerado “Hospital Geral”.

( Página 243 a 245)

Embora a lei só permita o andar armado entre a fidalguia e os militares da ativa, uma boa parte da população – sobretudo os mais pobres – protegiam-se como podiam. Milícias burguesas desfilam armadas pelas ruas. Mas uma boa quantidade de militares dispensados após às guerras e revoluções formavam bandos de delinquentes difíceis de controlar pelo poder público. Abusos de militares eram cometidos, especialmente, contra os burgueses; não raro, provocações de praças armadas contra qualquer pessoa não nobre, e não raro eram rapidamente perdoados ainda mais se fossem oficiais.

(Página 249 a 250)

As prisões eram arbitrárias; muitos definhavam nos cárceres por causa de dívidas ou mesmo por autoria de delitos de apenas 24 horas de detenção – mas que podia, simplesmente, ser esquecido ali dentro. As condições de manutenção dos prisioneiros era abominável, mas o superintendente Colbert não se esforçava para mudar o que fosse de tal situação. (*)

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(*) = carece de mais leitura da apostila.



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